APOCYNACEAE

Ditassa arianeae Fontella & E.A.Schwarz

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Ditassa arianeae (APOCYNACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

48.871,464 Km2

AOO:

20,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Nordeste (Bahia), Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro) (Koch; Rapini, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Espécie de liana encontrada nas Restingas da Mata Atlântica. Tem distribuição restrita, com EOO de 40.451,77 km² e AOO de 20 km³. É conhecida nos municípios de Prado, Salvador, Tucano e Una, no Estado da Bahia, e Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, cada um deles considerado como situações de ameaça distintas. Foi coletada entre 1974 e 2005. A ocorrência para o Estado do Rio de Janeiro não foi confirmada. É ameaçada pela perda de habitat e da área de ocupação, em decorrência da ocupação do solo nas restingas com urbanização, desenvolvimento imobiliário e agricultura.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em 1984.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Restinga (Rapini; Fontella, 2009).
Detalhes: ​Volúvel

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement national very high
Espécie típica de Restinga, ocorrendo em áreas geralmente urbanizadas ou com urbanização crescente; portanto, com diminuição de sua área de ocorrência e redução da qualidade do seu hábitat (Rapini, com. pess.). Restrita ao longo da costa brasileira, a vegetação sobre a Restinga está sob intensa pressão da ocupação humana e conseqüente alteração da paisagem original (Mantovani 2003, Rocha et al. 2004). Os ecossistemas de Restinga vêm sendo degradados desde a colonização e encontram-se reduzidos a pequenas manchas remanescentes (Araújo; Lacerda, 1987; Mantovani, 2003), constituindo o conjunto de ecossistemas dos mais ameaçados do domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Brizzotti et al., 2009). A Restinga consiste em uma comunidade de plantas que ocorre no litoral, e inclui praias e dunas. Devido a seu solo arenoso e solto, as restingas são altamente vulneráveis ao impacto antrópico. Uma grande porcentagem já foi destruída pela mineração, pelo desenvolvimento imobiliário e pela agricultura (SEAMA, 2001 apud Aguiar et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement very high
O maior problema para as Restingas do litoral norte do estado da Bahia é ocasionado pela especulação imobiliária, decorrente principalmente da sua localização próxima ao litoral, onde a ocupação humana é maior. Este fato é agravado pela posição geográfica da cidade de Salvador, situada em uma baia (a Baía de Todos os Santos, a maior do Brasil), que possui ao leste, oeste e sul o mar, impossibilitando o crescimento urbano nesses sentidos. Acresce-se a isso a decadência da ocupação imobiliária na Ilha de Itaparica, fazendo com que o fluxo de expansão imobiliária se dê principalmente em direção ao litoral norte, beneficiado recentemente com investimentos no sistema viário local (Queiroz, 2007).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.2.2 National level on going
Citada como ameaçada na Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 1. Considerada "Vulnerável" (Biodiversitas, 2008).
Ação Situação
1.2.2.3 Sub-national level on going
Considerada "Criticamente em perigo" (CR) na Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).